sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

quando me dá para escrever

há uma cidade louca dentro das palavras
que nasce prematura dentro de mim.
vou e quase chego já o dia vai a meio
e eu corro atrás mas a ponte é sem fim.
então vejo arder uma fogueira no contrário da sombra
que se move irada no canto das brasas,
e um rio que escorre na esquálida margem
de uns lábios que se abrem como asas.
e, ouço um sussurro, do que ao longe entendo,
eco de ideias que queimam crescendo,
e são os olhos, as mãos, as pernas correndo
à alta montanha do coração.
e há um sol que me aquece dos pés à razão
numa terra que se cobre de um verde liberto
onde pairam aves de infindas vitórias
e tenho árvores sempre novas num verbo desperto
lá no fundo da alma, à janela das memórias.

2 comentários:

  1. Uma bela cidade pra se conhecer, sim.

    Prazer, Roque. Bom ver seu bonito e alegre rosto e suas rimas secretas. :)

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  2. obrigada e bem vindo a este cantinho quase abandonado.

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