sábado, 24 de setembro de 2011

ridículo o amor

há um nada burlesco cercador
na alma que se ri de si por rir
num tornar-se só do que hoje for
outro verso de dor por definir
outro canto já morto e perdedor

o tempo a rir gira um porém,
leva às costas uma bússola
e o chão de quem cai e não tem
prazo de sentir a grafonola:

esse nada que lhe resta e não tem cor
esta coisa ridícula de sentir - pior
este estado adentro de torpor - maior
esta dentridor de si a rir - o amor.

1 comentário:

  1. como é bom esse sentir
    quero mais ser ridículo
    ver o mundo se partir
    sem partir meu vínculo

    :)

    ResponderEliminar