sábado, 24 de setembro de 2011

ridículo o amor

há um nada burlesco cercador
na alma que se ri de si por rir
num tornar-se só do que hoje for
outro verso de dor por definir
outro canto já morto e perdedor

o tempo a rir gira um porém,
leva às costas uma bússola
e o chão de quem cai e não tem
prazo de sentir a grafonola:

esse nada que lhe resta e não tem cor
esta coisa ridícula de sentir - pior
este estado adentro de torpor - maior
esta dentridor de si a rir - o amor.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

quadra para hoje

o uivílio varreja o lageiro
pairageado nas folheadas
mas nem gritadílios arrivam
nem escapitam orelhadas