segunda-feira, 8 de junho de 2009

Silêncios de oiro

Eu olho-te nos olhos e sonho sem porquê
Com ramos de rosas, com sedas em festa
E tudo o que te guia, é um mar que se vê
Nos meus pés colhendo o vento e a giesta

E por onde vou, nem cardos, nem espinhos
Que de afecto abrigaste só para eu passar
E tenho a certeza que tu desejas sozinho
Recolher do céu o azul para mo entregar

Meu amor de cardos e espinhos, ausente
Meu nó de pedra, raro, meu imenso cais
Onde quero aportar, ser em ti catedrais

Abriga-te em mim, que eu em ti docemente
Usarei silêncios de oiro sem dor, e sem ais
E seremos o mundo, e no mais muito mais…

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