sábado, 12 de setembro de 2009

O tempo pede

Basta-me
num pouco de mim
um pouco de ti.
Vivo nos teus olhos,
numa palavra tua.
O tempo se acaba
quando o amor se apronta
e o incerto desaba.
Aqui
no espanto de te querer
e te saber
toco o absoluto
do teu ser.
Mas
vivendo em mim
transbordas-me dos olhos
a cada instante
de ausência.
Presentes
somos
pranto adiado.
Mas amor,
sós,
nem sei porquê,
calamo-nos:
Que o tempo pede.

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