Ai, dona tan fea, naceste dum cão
a falar te babas, te ranhas e cheiras
tua boca de merda não vale tostão
aberta ou fechada parece que peidas
Ai dona tan fea, tan magra tan torta
como alma penada assustais a gente
va de retro satanás que estais morta
o cão vos roubou do inferno doente,
Ai dona tan fea, esqueci meu cantar
meus dentes tremem só de vos pensar
Ai dona tan fea, tan velha e tan seca
pareceis roída de ratos c'o a breca!
sábado, 30 de janeiro de 2010
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
meu amado, meu amigo
meu amado meu amigo
com que oras noite fora?
fora de horas, ora digo
que é hora de querer agora.
meu amado meu amigo
que me encantas nesse canto
tenho-te no peito, abrigo
do que sinto por ti, tanto
meu amado, meu amigo
meus olhos por teu corcel
a galope pelo perigo
de ser mar na tua pele
meu amado meu amigo
vem de noite de mansinho
acordar meu corpo antigo
beijar-me devagarinho ...
com que oras noite fora?
fora de horas, ora digo
que é hora de querer agora.
meu amado meu amigo
que me encantas nesse canto
tenho-te no peito, abrigo
do que sinto por ti, tanto
meu amado, meu amigo
meus olhos por teu corcel
a galope pelo perigo
de ser mar na tua pele
meu amado meu amigo
vem de noite de mansinho
acordar meu corpo antigo
beijar-me devagarinho ...
sábado, 23 de janeiro de 2010
Dor genial
porque me deixaste um sonho rente
cortado nas raízes que eram de ouro
e agora, na saudade e longemente
metade de mim foste, e só eu choro?
porque me entregaste o teu sorriso
se levaste o meu, que já não sinto
o teu olhar guiando, o chão que piso
onde agora me perco e só me minto?
esta dor genial me segue e ri
e eu deliro, oscilo-me de espanto
rasgo-me na ausência e sou o pranto
que toca nos teus olhos vidra em ti
na chuva que te beija, te quer tanto
mesmo que só assim, te tenha aqui...
cortado nas raízes que eram de ouro
e agora, na saudade e longemente
metade de mim foste, e só eu choro?
porque me entregaste o teu sorriso
se levaste o meu, que já não sinto
o teu olhar guiando, o chão que piso
onde agora me perco e só me minto?
esta dor genial me segue e ri
e eu deliro, oscilo-me de espanto
rasgo-me na ausência e sou o pranto
que toca nos teus olhos vidra em ti
na chuva que te beija, te quer tanto
mesmo que só assim, te tenha aqui...
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
a democracia, essa fantasia
aqui, no meu país
sem tecto
a chuva cai
e esfria a casa
insistente
o inteiro corpo treme
e respinga
impunemente...
nas gentes
sorriso apagado
um dente podre
um cigarro acabado
no hálito um porre
e uma fome
que não morre...
nas janelas
tábuas cruzadas
o vento
às rabanadas
bate a porta
acelerada
e a chave no chão
estuprada...
na vida vadia
sem pauta
ou batuta
um violão chia
rouco sem cordas
um escarro melodia
a toda a hora
do dia:
a democracia
essa fantasia...
sem tecto
a chuva cai
e esfria a casa
insistente
o inteiro corpo treme
e respinga
impunemente...
nas gentes
sorriso apagado
um dente podre
um cigarro acabado
no hálito um porre
e uma fome
que não morre...
nas janelas
tábuas cruzadas
o vento
às rabanadas
bate a porta
acelerada
e a chave no chão
estuprada...
na vida vadia
sem pauta
ou batuta
um violão chia
rouco sem cordas
um escarro melodia
a toda a hora
do dia:
a democracia
essa fantasia...
domingo, 17 de janeiro de 2010
Vestes-me de amor em beijos lidos
Trazes-me a alvorada de mansinho
no aconchego do teu meio
acordo na luz acesa dos teus olhos
e na tua mão me entrego e leio.
Entranho em mim o poema só teu
de um dizer que sem pedir me dás
meada de sonho da cor do céu
enrolado na estrela que te traz..
Lavo a alma nas margens do sorriso
que me ofertas num gosto de romã
e no teu corpo dado faço o piso
que seguro nos lábios da manhã.
Espreguiço-me no ar do teu abraço
enxugo-me na toalha do teu verso
ensaio o amor declamado num passo
o meu no teu num tom que apresso.
E tu, asa de paz, lençol de linho
murmuras o belo aos meus sentidos
e no secreto vão do teu carinho
vestes-me de amor em beijos lidos...
no aconchego do teu meio
acordo na luz acesa dos teus olhos
e na tua mão me entrego e leio.
Entranho em mim o poema só teu
de um dizer que sem pedir me dás
meada de sonho da cor do céu
enrolado na estrela que te traz..
Lavo a alma nas margens do sorriso
que me ofertas num gosto de romã
e no teu corpo dado faço o piso
que seguro nos lábios da manhã.
Espreguiço-me no ar do teu abraço
enxugo-me na toalha do teu verso
ensaio o amor declamado num passo
o meu no teu num tom que apresso.
E tu, asa de paz, lençol de linho
murmuras o belo aos meus sentidos
e no secreto vão do teu carinho
vestes-me de amor em beijos lidos...
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