aqui, no meu país
sem tecto
a chuva cai
e esfria a casa
insistente
o inteiro corpo treme
e respinga
impunemente...
nas gentes
sorriso apagado
um dente podre
um cigarro acabado
no hálito um porre
e uma fome
que não morre...
nas janelas
tábuas cruzadas
o vento
às rabanadas
bate a porta
acelerada
e a chave no chão
estuprada...
na vida vadia
sem pauta
ou batuta
um violão chia
rouco sem cordas
um escarro melodia
a toda a hora
do dia:
a democracia
essa fantasia...
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
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Com o toque à Roque. :)
ResponderEliminarGosto muito de a ler... embora costume estar aqui caladinha no meu canto.
Um beijinho!