Trazes-me a alvorada de mansinho
no aconchego do teu meio
acordo na luz acesa dos teus olhos
e na tua mão me entrego e leio.
Entranho em mim o poema só teu
de um dizer que sem pedir me dás
meada de sonho da cor do céu
enrolado na estrela que te traz..
Lavo a alma nas margens do sorriso
que me ofertas num gosto de romã
e no teu corpo dado faço o piso
que seguro nos lábios da manhã.
Espreguiço-me no ar do teu abraço
enxugo-me na toalha do teu verso
ensaio o amor declamado num passo
o meu no teu num tom que apresso.
E tu, asa de paz, lençol de linho
murmuras o belo aos meus sentidos
e no secreto vão do teu carinho
vestes-me de amor em beijos lidos...
domingo, 17 de janeiro de 2010
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