enterra
o teu punhal
no meu ventre
e risca devagar
todo o contorno
de dedos bem abertos
desce o vale
a outra mão na cinta
agarra e sente
todo o meio a morder
a dor da gente.
aperta-me nos dentes
da loucura.
prende-nos na língua
gestual.
saliva-nos
na carne da palavra.
escava a pele da noite
em modo urgente
e cose fundo
nossos braços de mar
em partição.
e se ao pulsar do sangue
a vida escorre
ata-nos em nós
de coração.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
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