sexta-feira, 2 de abril de 2010

busca-dor

persigo-me no tempo que se nega
e tão longe está o que me ilude
mas perto queima-me este que me dá
a ideia de ser lume a juventude.
se acaso em ti passar minha desgraça
um frio na espinha, um gelo ao rosto
olha os olhos que te olham, e enlaça-
-m’estas mãos, perdidas no sol-posto.
que frias queimam de ausência, dedos
pelos teus, a pele antiga em sal-sabor,
unhas de tédio, pálida-fome, - rochedos
rasgando o corpo, em busca-dor.

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