Neste castro de saudade pousam aves
Plumas de vento salgas pelas mágoas.
Têm no ventre a robustez das naves
No bico a calma súplica das águas…
Almas silentes, vultos pelas sombras,
Sonhos sentidos armam madrugadas.
Alçam voos nas penhas, são pombas
Rumo ao horizonte, asas libertadas…
Vogam em viagem desdobrando cais
Sem pouso, sem beira, almiscaradas
Libertas no tempo, ressuscitadas…
Não vão, nem voltam. Nada a mais
Que fuga, evasão, delírio nas quebradas
Cavalgando pelas horas nunca dadas…
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário