Do verbo nada sei. Só o cuidado
revelar de um breve instante,
a medida certa de um recado
que nos agarra agora ou adiante….
Do verbo não falei. Fugi do fado
que consciência afia a dor distante
Quero antes o silêncio alucinado
das pedras, a quietude constante…
Do verbo não sei. Por isso arrimo
a cada palavra apenas outra afim
que diga a todos o que quer de mim.
O verbo é que me cava. E eu esgrimo.
Valente, ousada a voz que sai assim.
É dos outros no eco oprimido, o fim...
sábado, 17 de janeiro de 2009
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"que consciência afia a dor distante"
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A São é que "cava" o verbo! Lindíssima demonstração de esgrima, e da valente!...
Grande beijinho.
Que escrita bela... todos os seus poemas são bons... Gostei.
ResponderEliminarO abraço...